sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

terça-feira, 3 de junho de 2008

terça-feira, 8 de abril de 2008

CRITÉRIOS DE JULGAMENTO DOS QUESITOS

QUESITO BATERIA
Para conceder notas de 07 à 10 pontos, o Julgador deverá considerar:

• a manutenção regular e a sustentação da cadência da Bateria em consonância com o Samba-Enredo;
• a perfeita conjugação dos sons emitidos pelos vários instrumentos;
• a criatividade e a versatilidade da Bateria.

Não levar em consideração:

• a quantidade de componentes de cada Bateria, no que se refere ao limite mínimo de integrantes fixado pelo Regulamento;
• a utilização de instrumentos de sopro ou qualquer outro artifício que emita sons similares;
• o fato de qualquer bateria não parar defronte às Cabines de Julgamento e/ou não estacionar no 2º Recuo (entre os setores 09 e 11), tendo em vista que não é obrigatória aquela parada e/ou esse estacionamento;
• a eventual pane no carro de som e/ou no sistema de sonorização da Passarela;
• questões inerentes a quaisquer outros Quesitos.


QUESITO SAMBA-ENREDO
No Quesito Samba-Enredo o Julgador irá avaliar a Letra e a Melodia do Samba-Enredo apresentado, respeitando-se a licença poética.

LETRA (valor do sub-quesito: de 3,5 à 5,0 pontos)

• a letra poderá ser descritiva ou interpretativa, sendo que a letra é interpretativa a partir do momento que contar o Enredo, sem se fixar em detalhes.

Considerar:

• a adequação da letra ao enredo;
• sua riqueza poética, beleza e bom gosto;
• a sua adaptação à melodiam, ou seja, o perfeito entrosamento dos seus versos com os desenhos melódicos.

MELODIA (valor do sub-quesito: de 3,5 à 5,0 pontos)

Considerar:

• as características rítmicas próprias do samba;
• a riqueza melódica, sua beleza e o bom gosto de seus desenhos musicais;
• a capacidade de sua harmonia musical facilitar o canto e a dança dos desfilantes.

Não levar em consideração:

• a inclusão de qualquer tipo de merchandising (explicito ou implícito) em Sambas-Enredo;
• a eventual pane no carro de som e/ou no sistema de sonorização da Passarela;
• questões inerentes a quaisquer outros Quesitos.
QUESITO HARMONIA
Harmonia, em desfile de Escola de Samba, é o entrosamento entre o ritmo e o canto.

Para conceder notas de 07 à 10 pontos, o Julgador deverá considerar:

• a perfeita igualdade do canto do Samba-Enredo, pelos componentes da Escola, em consonância com o “Puxador” (Cantor Intérprete do Samba) e a manutenção de sua tonalidade;
• o canto do Samba-Enredo, pela totalidade da Escola;
• a harmonia do samba.

Não levar em consideração:

• a eventual pane no carro de som e/ou no sistema de sonorização da Passarela;
• questões inerentes a quaisquer outros Quesitos.
QUESITO EVOLUÇÃO
Evolução, em desfile de Escola de Samba, é a progressão da dança de acordo com o ritmo do Samba que está sendo executado e com a cadência da Bateria.

Para conceder notas de 07 à 10 pontos, o Julgador deverá considerar:

• a fluência da apresentação penalizando, portanto, a ocorrência de correrias e de retrocesso e/ou retorno de Alas, Destaques e/ou Alegorias;
• a espontaneidade, a criatividade, a empolgação e a vibração dos desfilantes;
• a coesão do desfile, isto é, a manutenção de espaçamento o mais uniforme possível entre Alas e Alegorias, penalizando, portanto, a abertura de claros (buracos) e a embolação de Alas e/ou Grupos (ex. uma Ala penetrando na outra).

Não levar em consideração:

• a abertura de claros (buracos) que ocorram por necessidades técnica naturais do desfile, dentro dos limites necessários, ou seja, os espaços exigidos para:
 exibição de Mestres-Salas, Porta-Bandeiras, Comissão de Frente e coreografias especiais;
 colocação e retirada de Baterias de seus recuos próprios.
• a eventual pane no carro de som e/ou no sistema de sonorização da Passarela;
• questões inerentes a quaisquer outros Quesitos.
QUESITO ENREDO
Enredo, em desfile de Escolas de Samba, é a criação artística de um tema ou conceito.

Para conceder notas de 07 à 10 pontos, o Julgador deverá considerar:

• o argumento ou tema, ou seja, a idéia básica apresentada pela escola;
• o desenvolvimento geral do tema proposto:
 apresentação seqüencial das diversas partes (alas, alegorias, fantasias, etc.) que irá possibilitar o entendimento do tema ou argumento proposto, de acordo com o roteiro previamente fornecido pela Escola (Livro Abre-Alas);
 criatividade (não confundir com ineditismo);
 adaptação, ou seja, a capacidade de compreensão do enredo a partir da associação entre o Tema ou Argumento proposto e o seu desenvolvimento apresentado na Avenida (Fantasias, Alegorias e outros elementos plásticos).

Penalizar:

• a troca de ordem e/ou a presença, em desfile, de Alegorias ou Alas que estejam em desacordo com o roteiro fornecido pela Escola;
• a ausência de Alegorias ou Alas que estejam previstas no Roteiro fornecido pela Escola (Livro Abre-Alas).

Não levar em consideração:

• a brasilidade do enredo, ou seja, se a Escola, por ventura, não apresentar enredo baseado em tema exclusivamente nacional;
• a inclusão de qualquer tipo de merchandising (explicito ou implícito) em Enredos;
• questões inerentes a quaisquer outros Quesitos.
QUESITO CONJUNTO
Conjunto, em desfile de Escolas de Samba, é o “todo” do desfile, ou seja, a forma geral e integrada como a Escola se apresenta.

Para conceder notas de 07 à 10 pontos, o Julgador deverá considerar:

• a uniformidade com que a Escola se apresenta em todas as suas formas de expressão (musical, dramática, visual, etc);
• o equilíbrio artístico do conjunto.

Não levar em consideração:

• a eventual presença de quaisquer animais vivos;
• a eventual pane no carro de som e/ou no sistema de sonorização da Passarela;
QUESITO ALEGORIAS E ADEREÇOS
Neste Quesito estão em julgamento as Alegorias (entendendo-se, como tal, qualquer elemento cenográfico que esteja sobre rodas) e os Adereços (entendendo-se, como tal, qualquer elemento cenográfico que não esteja sobre rodas).

Para conceder notas de 07 à 10 pontos, o Julgador deverá considerar:

• o julgamento apenas das alegorias e/ou adereços apresentados em desfile;
• a concepção e a adequação, das Alegorias e dos Adereços no Enredo, os quais, com suas formas, devem cumprir a função de transmitir o conteúdo desse Enredo;
• a criatividade, mas devendo, necessariamente, possuir significado dentro do Enredo;
• a impressão causada pelas formas e pelo entrosamento, utilização, exploração e distribuição de materiais e cores;
• os acabamentos e cuidados na confecção e decoração, no que se refere ao resultado visual, inclusive das partes traseiras e geradores;
• que os “destaques” e “figuras de composição”, com suas respectivas fantasias, devem ser julgados como partes integrantes e complementares das Alegorias.
Penalizar:

• a exposição de pedaços de Fantasias, escadas, caixas, isopores ou qualquer outro tipo de objeto estranho ao significado das Alegorias e/ou Adereços apresentados em desfile;
• a eventual passagem de geradores integrando as alegorias, sem que estejam embutidos ou decorados.

Não levar em consideração:

• a inclusão de qualquer tipo de merchandising (explicito ou implícito) em Alegorias e/ou Adereços;
• a quantidade de Alegorias, no que se refere aos limites mínimo e máximo fixados pelo Regulamento.
• o retorno e/ou retrocesso de Alegorias e/ou Adereços na pista, durante o desfile das respectivas Escolas;
• questões inerentes a quaisquer outros Quesitos.
QUESITO FANTASIAS
Neste Quesito estão em julgamento as fantasias apresentadas pela Escola, com exceção das que estiverem sobre as alegorias, as fantasias do casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira e a fantasia da Comissão de Frente.

Para conceder notas de 07 à 10 pontos, o Julgador deverá considerar:

• A concepção e a adequação das Fantasias ao Enredo, as quais, com suas formas, devem cumprir a função de transmitir as diversas partes do conteúdo desse Enredo;
• a capacidade de serem criativas, mas devendo possuir significado dentro do Enredo;
• a impressão causada pelas formas e pelo entrosamento, utilização, exploração e distribuição de materiais e cores;
• os acabamentos e os cuidados na confecção;
• a uniformidade de detalhes, dentro das mesmas Alas, Grupos e/ou Conjuntos (igualdade de calçados, meias, shorts, biquínis, soutiens, chapéus e outros complementos, quando ficar nítida esta proposta).

Penalizar:

A ausência significativa de chapéus, sapatos e outros complementos de Fantasias, quando ficar nítido que a proposta era originariamente com a presença desses elementos das indumentárias.

Não levar em consideração:

• A inclusão de qualquer tipo de merchandising (explicito ou implícito) em Fantasias;
• A presença de desfilantes com a genitália à mostra, decorada e/ou pintada;
• A quantidade de Diretores com camisas da Escola, desde que desfilem pelas laterais ou na parte final da Escola;
• Questões inerentes a quaisquer outros Quesitos.
QUESITO COMISSÃO DE FRENTE
Comissão de Frente é o primeiro contingente humano, a pé, ou sobre rodas, desde que individualmente, que poderá se apresentar fantasiado, dentro da proposta do Enredo ou tradicionalmente.

Para conceder notas de 07 à 10 pontos, o Julgador deverá considerar:

• o cumprimento da função precípua de saudar i público e apresentar a Escola, sendo obrigatória a exibição em frente às cabines de julgamento deste Quesito;
• a coordenação, a sintonia e a criatividade de sua exibição, que será obrigatória em frente às cabines de julgamento deste Quesito, podendo evoluir da maneira que desejar;
• a indumentária da Comissão de Frente que poderá ser tradicional (fraques, casacas, summers, ternos, smokings etc, estilizados ou não) ou realizada de forma relacionada ao enredo, levando-se em conta, neste caso, sua adequação para o tipo de apresentação proposta.

Penalizar:

• a queda e/ou perda, mesmo que acidental, de parte da indumentária, como, por exemplo, sapatos, esplendores, chapéus, etc.

Não levar em consideração:

• o eventual desfile de componentes da Comissão de Frente que já tenham participado, individualmente ou em conjunto, no mesmo ano e na mesma função, de outros desfiles, mesmo que em grupos diferentes;
• questões inerentes a quaisquer outros Quesitos.

QUESITO MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA
Para conceder notas de 07 à 10 pontos, o Julgador deverá considerar:

• a exibição da dança do casal, considerando-se que não “sambam” e sim executam um bailado no ritmo do samba, com passos e características próprias, com meneios, mesuras, giros, meias-voltas e torneados, sendo obrigatória a sua exibição diante dos Módulos de Julgamento;
• a harmonia do casal que, durante a sua exibição, com graça, leveza e majestade, deve apresentar uma seqüência de movimentos coordenados, deixando evidenciada a integração do casal;
• que a função de Mestre-Sala é cortejar a Porta-Bandeira, bem como proteger e apresentar o Pavilhão da Escola, devendo desenvolver gestos e posturas elegantes e corteses, que demonstrem reverencia à sua dama (Porta-bandeira);
• que a função da Porta-Bandeira é conduzir e apresentar o Pavilhão da Escola, sempre desfraldado e sem enrola-lo em seu próprio corpo ou deixa-lo sob a responsabilidade do Mestre-Sala;
• a indumentária do casal, verificando sua adequação para a dança e a impressão causada pelas suas formas e acabamentos.

Penalizar:

• a queda e/ou perda, mesmo que acidental, de parte da indumentária como, por exemplo, sapato, esplendor, chapéu e etc.

Não levar em consideração:

• o eventual desfile de primeiro Mestre-Sala e/ou primeira Porta-Bandeira que já tenha participado, no mesmo ano e na mesma função, de outros desfiles, mesmo que em Grupos diferentes e, até mesmo, individualmente formando dupla com qualquer outro(a) parceiro(a);
• a eventual substituição, durante o desfile, do Casal em julgamento;
• questões inerentes a quaisquer outros Quesitos.

terça-feira, 1 de abril de 2008

TODO IDOSO É UMA AULA DE SABEDORIA

Projeto para o Municipio de Cabo Frio

O Projeto Revolução Social do Idoso tem como meta principal consolidar de vez as ações estruturantes que ratifiquem que Cabo Frio é uma cidade especialmente voltada para os idosos, estando por isso, devidamente infra-estruturada para cuidar dos seus e receber condignamente os que vierem visitá-la ou decidirem aqui fixar residência.
O idoso está vivendo um momento maravilhoso de sua vida e Cabo Frio possui qualidades específicas para que ele possa dar o melhor de si, compartilhando suas experiências com a juventude.
O projeto tem como objetivo: Promover o contato diferenciado da população com o idoso, levando a mesma a reconhecer a devida importância deste no contexto da sociedade, Propiciar a troca de experiências e aprendizagem de habilidades (educação informal), Despertar um novo olhar sobre as questões que cercam o envelhecimento, Consolidar Cabo Frio como a melhor cidade para o idoso viver como qualidade de vida, Desenvolvimento de novas aptidões, Gerar oportunidade de adequação do mercado de trabalho ao aproveitamento desta valorosa mão de obra, Envolver os idosos do município nas diversas atividades do Projeto, Capacitar os idosos para inseri-los no mercado atual de trabalho, através de cursos, palestrar, treinamento prático devidamente acompanhado por profissionais da área, Promover atividades de sociabilidade.
Idosos munícipes de Cabo Frio, com idade acima de 60 anos, dispostos a melhorar seu conceito de qualidade de vida.
O Projeto abrangerá o município de Cabo Frio, sob a supervisão das Secretarias Municipais: de Investimento, de Educação e Cultura, de Saúde, de Política Social e Trabalho, de Turismo Esporte e Lazer, de Comunicação de Agricultura Abastecimento e Pesca e Gabinete do Prefeito.
Serão parceiros deste Projeto a Câmara Municipal de Cabo Frio, Empresas, Comércio Local, Instituições Educacionais de Línguas, ONGs.
O Projeto visa promover ações que possibilitem a utilização mão de obra do idoso, respeitando seus limites e trazendo assim o apoio nas questões inter-pessoais, aos comerciantes e órgãos públicos. Buscar novas opções de emprego e carga horária adequada ao idoso. Trabalhos de relações inter-pessoais no comércio, promovendo a harmonia entre patrões e empregados, entre empresas e clientes e como um relações públicas, fornecendo informações e sendo um agente facilitador, Encaminhar e orientar visitantes e usuários na Prefeitura Municipal e Câmara dos vereadores, Orientar e guiar visitantes nos órgãos públicos e pontos turísticos.
O idoso mediador terá um grande papel no seu local de trabalho, intermediando as relações empresa/cliente, empregador/empregado, sendo um agente facilitador nas relações inter-pessoais da empresa.
Ele será contratado pela empresa, (comércio local, indústria), com quem negociará remuneração, carga horária, descanso, etc.
O mediador voluntário exerce as mesmas funções do idoso mediador, porém, não receberá remuneração, em contrapartida terá benefícios da PMCF e parceiros, tais como: Isenção de taxa de: IPTU, Lixo, Iluminação pública, Percentagem maior no selo de descontos na gastronomia local – 50%, Acesso gratuito ao cinema, teatro e demais eventos com bilheteria, A Prefeitura se responsabilizará para que as providências cabíveis sejam tomadas quanto ao ingresso gratuito nos eventos, A função será regulamentada através de lei própria ou Decreto.
Criar um selo identificador de descontos especiais para idosos em hotéis, restaurantes, bares e similares, cadastrados.
Estamos resgatando a vontade, no idoso, de aprender e adquirir conhecimento estimulando o reingresso às salas de aula. Cursos de alfabetização para idosos, Incentivar a criação de cursos par idosos nas Universidades locais, Incentivar participação do idoso nos cursos supletivos existentes, Criação de cursos de línguas estrangeiras para idosos.
Tem a finalidade de incluir o idoso na era digital, através de cursos de informática simplificada a serem ministrados nas escolas ou na Casa Digital, possibilitando a utilização das bibliotecas virtuais do município, e com isso abrindo a janela do mundo para nossos idosos.
A inclusão digital vem quebrar barreiras que muitos idosos têm até mesmo ao digitar uma senha bancária e acabando assim com o medo e a resistência a novos conhecimentos tecnológicos. Cursos básicos de informática de forma simplificada, Acesso à Internet, Incentivo de acesso às bibliotecas virtuais.
Visa valorizar a experiência de vida dos idosos proporcionando a transmissão de conhecimentos, habilidades, aptidões e valores humanos, principalmente à criança e adolescentes. Brinquedos de papelão, Desenho artístico, Pintura em tecido, Ponto Cruz, Vagonite, Crochê, Tricô, Confecção de bonecas, Comunicação, Confecção de flores, Tapeçaria, Culinária, Papel marche (cartonagem), Pintura em tela, Jardinagem, Biscuit, Bijuteria, Xadrez e Dama, Mágicas.
Não há quem não se lembre da figura da vovó e do vovô, contando suas histórias, suas lembranças repetidas e recontadas. Nesse projeto essa figura retorna com a possibilidade de incutir, nos mais jovens o prazer de ler, de sonhar, de acreditar no impossível.
O contador de histórias tem a possibilidade de levar aos que estão impedidos de ler por algum motivo, seja de deficiência física ou por questões de saúde, o conhecimento de historias, reais ou imaginárias, através da figura da vovó, criando assim um elo de afetividade e de cumplicidade entre o contador e o ouvinte. Escolas municipais, Hospitais nas alas infantis, Nas creches, Nos asilos.
Criar um local de leitura próximo a uma livraria, no Shopping ou na Praça da Bíblia, nas escolas para promover leituras programadas, gerando debates e trocas de informações sobre os livros lidos. Estimular a busca de novos temas, desafios literários e valorizar o prazer pela leitura, proporcionando assim uma integração e estímulo ao comércio local. Leitura, Tarde de autógrafos, Leitura de peças teatrais.
Criar um espaço para encontros semanais sempre às 17:00 h para atividades de lazer e cultura. Seresta, Sarau de poesias, Desfile de modas, Música ao vivo, Dança, Concurso de Miss/Mister Idoso/a, Tarde de Talentos (canto, dança e música instrumental), Campeonato de Xadrez, dama e carteado, Teatro itinerante, Pintura – retratando Cabo Frio.

Promover atividades relacionadas à dança, levando o idoso a participar de aulas, concursos e bailes. “Encontro Marcado” – Culminando num grande baile, Festival de Dança, Escola de Dança, “Dançando sentado”.
Proporcionar aos idosos do nosso município participar de passeios promovidos pela Prefeitura Municipal de Cabo Frio, a localidades de interesse cultural e turístico, no nosso município.
Esse projeto vem ampliar os horizontes a inúmeros idosos que não tiveram a possibilidade de conhecer as nossas belezas naturais, abrindo um leque de informações e conhecimento, dando a possibilidade de avaliar os benefícios e belezas que temos em Cabo Frio. Passeios ecológicos, Visitas a museus, Visitas às obras Municipais.
Criar um espaço para uma Clínica Geriátrica, um local agradável para manter atendimento diário do serviço de Geriatria, com autonomia para encaminhamentos necessários e atenção especial aos portadores de diabetes.
Promover ações no sentido de instruir preventivamente os idosos com relação a cuidados com sua saúde mental e física, como evitar acidentes, como gerar facilitadores para o dia a dia, com palestras e debates. Criar uma clínica geriátrica para atendimento médico e atividades do projeto, Promover um atendimento geriátrico diferenciado, Palestras sobre assuntos de interesse do idoso, Trazer pessoas qualificadas para orientar e estimular uma vida saudável, Academia geriátrica, Terapias para manutenção e recuperação da memória.
A arteterapia é então uma terapia que através da estimulação da expressão, do desenvolvimento da criatividade favorece a liberação de emoções, conflitos internos, imagens perturbadoras do inconsciente, contatos com as ansiedades, conteúdos reprimidos, medos.
Nesta abordagem terapêutica possibilitaremos a abertura de canais de comunicação, através de formas múltiplas de expressão, experimentação, criação, destruição e recriação com diferentes materiais expressivos.
Criar um espaço onde os idosos podem se reunir para obter informações, conversar, possibilitando aos mesmos fazerem relatos de natureza pessoal e grupal.
Estimular o idoso a participar do processo grupal de modo que ele desenvolva a capacidade crítica e reflexiva, buscando torna-lo ativo na manutenção de sua qualidade de vida e na luta pela sua cidadania.
Desenvolver a afeto-terapia compartilhando experiências.
Esse projeto vem incluir o idoso na montagem do “Natal de Luz”, dando a ele a possibilidade de coordenar e organizar a iluminação natalina de sua rua, promovendo assim, em toda cidade um espírito festivo e envolvente. Concurso tipo: a rua mais iluminada, a mais bonita, a mais animada, etc, Premiação para o idoso responsável.
Visa trazer ao idoso uma visão de um mundo de possibilidades nessa área, com promoções de campeonatos Máster, de incentivos a buscar uma vida saudável através de exercícios físicos controlados e monitorados, gerando a participação e o envolvimento de todos. Campeonato Máster de natação, Aulas de tênis, Caminhadas programadas, Campeonato de peteca, Alongamento na praia, Atividades físicas para possuidores de limitações temporárias ou definitivas de movimentos.
Estimular os idosos, com aptidão para lidar com terra, flores e plantas, para criação e cultivo de um horto comunitário; essa será uma iniciativa inédita na região para beneficiar de forma direta aos idosos envolvidos no projeto.
Cultivar nesses hortos plantas medicinais como erva-doce, hortelã e cidreira que são utilizadas em chás, e outras tantas ervas para esses fins, possibilitando até mesmo a comercialização desses produtos ou mesmo a distribuição gratuita para os idosos do município.
Estimular o cuidado com o ajardinamento de sua rua ou a área em frente a sua casa. Criação e cultivo de plantas medicinais, Criação de mudários de diversas plantas e flores, Curso de como cuidar de hortas, Estimular o idoso a cuidar arborizando e urbanizando a sua rua, Oportunidade de utilização do Idoso para capacitação de jovens, através de cursos e palestras sobre plantio.

Estimular os idosos, que gostem de pescaria, participar deste tão prazeroso lazer, com coordenação e acompanhamento de profissionais experientes na prática de pesca, ensinando-os técnicas e os melhores locais da cidade para pescaria, oceano, lagoa.

sexta-feira, 28 de março de 2008

quinta-feira, 20 de março de 2008






TERREIRO – terra, chão.

Não é de hoje que o terreiro é a área livre onde se desenvolvem a dança e o canto do povo. É uma herança cultural que data de tempos idos e que foi registrada no século XVI pelo francês Jean de Léry no seu livro Viagens à terra do Brasil, onde constatou que era no terreiro circundado de ocas, onde os índios tomavam cauim, dançavam e faziam o moquém, no qual assavam as suas caças, entre as quais se incluíam os inimigos; os mesmos que, segundo a narrativa de Fernão Cardim, era poupados se fossem cantores ou improvisadores de trovas. Omo se vê, o nosso amor à musica tem raízes profundas e insuspeitas. No terreiro se realizavam as assembléias, os exercícios físicos e a narração mímica das viagens e das lutas.

O chão batido incessantemente pelos pés descalços dos escravos negros servia também de instrumento de percussão, aliado às palmas e tambores improvisados, marcando o ritmo dos lundus e batuques. Do alpendre da casa-grande, os senhores – privilegiada platéia – assistiam às evoluções das danças realizadas no terreiro, espaço que antecipava a senzala, pedaço de chão que era o limite de uma precária e ocasional liberdade.

No plano religioso foi, e ainda é, um elemento indispensável. Na sua área dança-se e cumpre-se as obrigações para os orixás. À parte de sua função litúrgica o terreiro também abriga as festas e as comidas, razoes muito ligadas entre si. As baianas que se transferiam para o Rio de Janeiro no princípio deste século, entre elas havia muitas mães-de-santo, deram seguimento à existência do terreiro com todas as suas prerrogativas e utilizações. Aos domingos – sempre aos domingos - as delicias das cozinha afro-baiana e a bebida farta excitavam paladares e animavam danças. O terreiro podia ter as dimensões de um quintal, mas nem por isso era menos importante. Na praça Onze, na Saúde e na Gamboa, onde ficava a maioria dessas casas das tias-baianas, o terreiro era a ampliação e a revivência da ancestralidade dos visitantes.

Dessas tias algumas ficaram famosa na cidade e inscritas na historia do samba carioca: Tia Bebiana, Tia Amélia, Quindúndi, Tia Aciata, Tia Rosa Olé, Tia Sadata foram algumas em cujas casas as festas eram freqüentes e intermináveis. Podiam durar uns dias ou uma semana. E, como se sabe, foi na casa de uma delas, a Tia Aciata (Hilária Batista da Silva), que nasceu a primeira composição que recebeu a denominação de samba:“Pelo telefone”, surgindo de uma brincadeira da turma que á se reunia, e da qual faziam parte, entre outros, Caninha, Sinhô, Pixinguinha, João da Baiana, Didi da Gracinda, Germano, Mauro de Almeida, que escreveu a letra e Donga, que deu a forma musical final e gravou em 1917 em disco Odeon.

Os terreiros, por conseqüência, foram abrigando as escolas de samba, à medida que eles foram surgindo. Mangueira, Império Serrano, Portela, Salgueiro, todas têm no terreiro o seu espaço natural para as festas e ensaios. Ontem, ao lado da fábrica de cerâmica onde a Mangueira ensaiava ou hoje no Portelão, o terreiro, agora denominado quadra, viu aparecer os primeiros bambas, e vem cumprindo a sua função social e democrática da recreação. É ainda lá que têm surgido os sambas que depois toda a cidade canta. Não só os de enredo, mas os outros, chamados de terreiro, com os quais compositores como Mano Décio da Viola, Noel Rosa de Oliveira, Suzuca, Walter Rosa, Candeia, Geraldo das Neves têm feito exemplares inesquecíveis.

Em alguns terreiros acham-se entronizadas imagens de São Jorge, Nossa Senhora da Conceição, São Sebastião ou Santa Bárbara, representação sincretizada de Ogum, Iemanjá, Oxosse e Iansã, a quem são dedicadas festas memoráveis, num comportamento que se relaciona com a histórica existência do próprio local como fonte sagrada e profana.

Com o chão salpicado de folhas de pitanga, para as cerimônias rituais; decorado com bandeirolas multicores, para as festas do ciclo junino ou a céu aberto para os ensaios de escola de samba, o terreiro é adro do povo, onde dançando e cantando ele cria e recria a sua genialidade.

SAMBA DE TERREIRO (ou quadra)


  • PARTIDO ALTO

A poesia popular se manifesta de muitas maneiras: nas mãos de artesão, na boca do boiadeiro, nos versos do cordel ou na lenda imaginosa. Nos autos folclóricos com o Bumba-meu-boi, as Pastorinhas, a Chegança, são muitos os momentos de inegável criação poética, feitos pelo homem do povo, e que depois se cristalizaram na memória popular. Uma das formas mais contínuas, é o improviso, tradição portuguesa que vem da lira dos Cancioneiros. O samba também absorveu esta dinâmica, traduzida na forma do partido alto, onde o improvisador ou improvisadores, tiram versos que se sucedem sobre a mesma temática, tal como acontece no desafio nordestino. O refrão é sempre o mesmo, cantando em coro e com acompanhamento de palmas e um instrumento leve que inclui pandeiro e prato-e-faca.

A qualidade do partideiro se mede não só pela velocidade mental do improvisador mas, principalmente, pelo senso poético que ele emite. Candeia e Xangô da Mangueira são dois partideiros que honram o mérito.

  • BAILE

Nem só de samba vive uma escola. É verdade. Durante o ano são muitos e diversos os festejos que acontecem sob os mais variados pretextos. Homenagem a São Jorge, em abril; a São Cosme e São Damião, em setembro; feijoadas e bailes aos sábados, promovidos pelas alas que, desta forma, conseguem dinheiro para a confecção das fantasias. Nem só de samba vive uma escola, mas a escola vive para o samba.

  • ENREDO
As escolas, no seu processo de desenvolvimento, adotaram o enredo como um dos componentes indispensáveis na sua estrutura de dança dramática, denominação criada por Mário de Andrade para as manifestações coreográficas populares que obedecem a certas convenções para a exposição sonoro-visual. Foi mais uma herança recebida dos ranchos que inauguram, através de Ameno Resedá, em 1908, uma nova forma no carnaval carioca. Corte Egipciana foi primeiro enredo dos ranchos, assim como Sua Majestade o Samba,em 1931, foi o primeiro enredo de escola de samba, cabendo à Portela a primazia de ter sido a primeira a apresentar esta modalidade. Antonio da Silva Caetano foi o autor e teve o samba feito pelo compositor Ventura.

O enredo é a forma mais recente da tradição oral, tesouro comum de todos os povos e raças, através da qual passaram para as outras gerações as suas lutas, vivencias e experiências. Assim fizeram antes os bardos, menestréis e rapsodos nas canções de desta e os gritos africanos nos recantos das suas lendas, mitologia e ancestralidade.

No livro Danças Dramáticas Brasileiras, Mário de Andrade revela uma certa decepção quando diz: è curioso constatar que jamais o brasileiro não tivesse a idéia de inventar pelo menos um bailado, se referindo historicamente a ele, aos seis fastos, glórias e tradições.

Pena que o grande brasileiro não tenha vivido o bastante para ver as escolas de samba cantando e teatralizando episódios de nossa História e de nossa formação como povo em enredos onde, a uma só vez, ele é autor e intérprete.


SAMBA ENREDO

Com a adoção do enredo pelas escolas, surgiu um novo gênero: o samba-enredo, cujo propósito é ilustrar com versos e melodia o que os componentes, as fantasias e as alegorias representa. Quando ainda não havia o enredo, o samba que servia para a escola desfilar era composto apenas de uma primeira parte, a segunda era tirada de improviso naquele momento.

Quando em 1935 as escolas, por decisão do governo, passaram a usar os enredos tirados da Historia do Brasil, os sambas continham tantos nomes e datas que forçavam aos autores verdadeiros malabarismos para manter uma linha melódica compatível com a sua inspiração. Se de um lado isto criou problema de ordem artística, do outro familiarizou os componentes da escola, em particular, e o povo em geral, com alguns lances de nossa história do qual nem todos tinham pleno conhecimento. Esta situação proporcionou ao escritor e humorista Sergio Porto (Stanislaw Ponte Preta) a inesquecível boutade que é o Samba do Crioulo Doido, onde ele conta e canta as desventuras de um compositor às voltas com figuras e fatos históricos. Não obstante, é preciso reconhecer a importância didática do samba-enredo, seja divulgado episódios como a Inconfidência Mineira; cujo samba que ficou conhecido como Tiradentes, de Mano Décio da Viola, Cumprido e Estanislau Silva, para o Império Serrano (1949), até hoje é considerado um dos mais belos de todos os tempos; Quilombo dos Palmares, de Anescarzinho e Noel Rosa de Oliveira, para o Salgueiro (196); História do Negro no Brasil (Sublime Pergaminho), de Nilton Zavaris, Zeca Melodia e Carlinhos Madruga, para a Unidos de Lucas (1968); Dia do Fico, da Beija-Flor de Nilópolis (162); Legados de D.João VI, de Candeia, para a Portela (1957) e Grande Baile da Ilha Fiscal, de Candeia, para a Portela (1957) e Grande Baile da Ilha Fiscal, de Paulo Gomes de Aquino, para a Unidos de Vila Isabel; ou popularizando umas e restabelecendo outras figuras como Ana Nery, samba de Mano Décio, Penteado e Molequinho para o império Serrano (1952); Monteiro Lobato (O mundo Encantado de), de Darcy, Hélio Turco, Jurandir, Luiz Batista e Dico, para a Mangueira (1967); Caxias (Exaltação a), de Silas de Oliveira e Mano Décio, para o Império Serrano (1955); Chica da Silva, de Anescarzinho e Noel Rosa de Oliveira, para o Salgueiro (1963) e Rugendas, samba de Zé Kéti, Sebastião Balbino, Nilton Batatinha e Alves, para a Portela (1962).

Hoje em dia o samba-enredo transcendeu a escola e invadiu a cidade e o país, mesmo antes do carnaval, por força da divulgação de disco e dos ensaios cada vez mais concorridos.

GRITO DE CARNAVAL

Até a algum tempo atrás, havia um certo período do ano, durante a Primavera, que marcava uma reconhecível divisão no calendário festivo da cidade. Batalhas de confetes eram organizadas em várias ruas, os blocos se reuniam e faziam semanalmente um ensaio, que consistia num desfile pelo bairro, arrastando a garotada, empregadas domesticas, meninas adolescentes e rapazes paqueradores. E na Festa da Penha, em outubro, eram lançados os primeiros sambas pelos próprios compositores. Era o Grito de carnaval! A temperatura subia nos termômetros dos carnavalescos.

Hoje tudo mudou. O grito é dado na primeira sexta-feira depois do carnaval, na festa da vitória na quadra da escola campeã. Os tamborins não esfriam, o gingado da pastora não esmorece.

ENSAIO

No ensaio se conjugam as forças vitais da escola: o ritmo obsessivo da bateria, o canto das pastoras e a evolução das baianas. Durante horas a fio o samba corre solto no coral uníssono entrecortado apenas pelo trinado agudo do apito do diretor de harmonia.


SAMBA NO PÉ ... E NAS CADEIRAS

Umas das mais fortes características das danças de procedência africana é o trabalho que os pés desenvolvem continuamente, sendo até utilizados como instrumento de percussão. Do tambor de Crioula do Maranhão, diz-se até que se ele “é afinado a fogo, tocado a murro e dançado a coice e chão”. Descendente em linha direta do lundu e dos batuques africanos, os sambas dançado não poderia fugir à regra. Sua linguagem está nos pés, desenhando no chão a sintaxe, rica sintaxe de uma gramática que nem a todos é dos aprender.

Nas rodas de samba improvisadas, com ritmo marcado por palmas e alguns poucos instrumentos é que se pode apreciar a desenvoltura de uma passista criando a coreografia luminosa que vem do ar e desliza pelas pernas até os pés. O equilíbrio é desafiado nos contratempos, a elegância é confirmada nos breques, a malemolência é solta na sincope. Como afirmou em sua habitual sabedoria Mestre Dorival Caymmi:

“Quem não gosta de samba, bom sujeito não é, ou é ruim da cabeça ou doente do pé”.


A BATERIA

A Bateria de uma escola de samba é o grande pilar sobre o qual se assentam a evolução e a harmonia. Entenda-se como harmonia o canto uníssono, total e não o canto polifônico, como nos ensina a definição acadêmica. Esta pequena, mais fundamental diferença, já prejudicou muitas escolas no desfile, porque o julgador do quesito a ignorava.

Formada pela seção rítmica mais rica de que se tem noticia, a bateria amplifica através dos seus instrumentos os primeiros sons dos atabaques que permanecem indormidos dentro da gente.

A bateria não é simplesmente o ajuntamento de uma dezena de instrumentos reproduzida às centenas. È mais. Cada um tem sua função especifica e importante. Do grave e respeitável surdo de marcação ao leve e brejeiro reco-reco é a soma de todos os sons que impulsiona e faz a saia da baiana rodar mais forte, a bandeira desenhar ricos arabescos no ar e o passista castigar o chão com espasmos de prazer.

Não é pelo fato de terem os mesmos instrumentos, que as baterias de todas as escolas são iguais ou soam iguais. Engano. Cada uma se distingue pelo andamento, pelos breques e pelas viradas. È só ter ouvido para sentir e gosto para apreciar.

O diretor de bateria, comandando com o apito que tem no trilar um código especial, não pode deixar de ter a fleuma e a segurança de um certo regente.

O seu podium é o asfalto, sua batuta o apito.

SURDO DE MARCAÇÃO

A base de uma bateria é o tambor surdo. O surdo de marcação, que da o andamento e propicia com seu tempo forte toda a dança. Com sua voz de comando ele orienta um bloco ou uma escola nas suas evoluções ou no seu desfile. Descendente em linha direta do atabaque e seu substituto no samba, o surdo é um instrumento indispensável.

Seu aparecimento é bem recente, ele foi inventado por Alcebíades Barcelos (Bidê), que durante muito tempo foi um dos mais completos ritmistas de que já se teve noticia. O primeiro surdo que o bidê fez era uma lata de manteiga das grandes e redonda, encourada com pele de boi e presa por aros de madeira tacheados. Ele fazia parte da escola de samba Deixa Falar, da qual foi um dos fundadores e é fácil calcular o espanto das outras quando ele entrou na Praça Onze com o novo e então revolucionário instrumento.

SURDO DE REPINICAR

O surdo de marcação tem um contra-ponto que é o surdo de repinicar. Este dá a resposta ao outro, arredondando a batida e completando o ritmo. O de repinicar nunca pode bater junto com o de marcação. Trata-se de um coadjuvante importante, sisudo, concentrado. É um dueto maravilhoso e absolutamente original.

PANDEIRO

É impossível encontrar um pandeirista que não toque o seu pandeiro sorrindo. O próprio instrumento leva a isto. A leveza das bambinelas, a delicadeza do couro, a maneira de porta-lo induz a uma alegria quase infantil. O pandeiro veio para cá com os portugueses que, por sua vez, conheceram-no pelos árabes. Antes de participar das primitivas rodas de samba ele era bem conhecido nos Pastoris e Ranchos de Reis, festas folclóricas brasileiras que fazem parte da herança cultural portuguesa. Foi admitido no samba porque já era usado nos ranchos carnavalescos. Hoje ai esta ele, manejado com destreza e sabedoria, impondo um ritmo ágil e cadenciado, sacudindo e ajudando a sacudir, vibrando, fremindo, quase pulando das mãos de seu tocador.

O Rio de Janeiro tem dado pandeiristas inesquecíveis. De João da Baiana ao Joãozinho da Pecadora, ontem e hoje, são muitos os que vazam a sua alegria na batida macia de um pandeiro.

FRIGIDEIRA

É muito próprio da arte popular lançar mãos de elementos e soluções nada convencionais. Nisto reside à criatividade anônima. Dentro do âmbito do instrumental do samba – eis aqui um exemplo: a frigideira. Se nas mãos de uma hábil quituteira ela pode fornecer resultados apetitosos, nas mãos de um ritmista imaginoso ela fornece sons inusitados e inesperados.

Foi um ritmista do Império Serrano quem introduziu a frigideira no samba,João Paulino. É sem dúvida um instrumento brasileiro, a sua técnica é impulsiva.

Quem tem, tem. Quem não tem...

AGOGÕ

Antes ele tinha apenas a sua função sagrada nos ritos afro-brasileiros, onde juntamente com os atabaques acompanha as danças e os cânticos às divindades. Depois entrou no samba. Entrou e ficou. É o agogô, com suas duas, às vezes três bocas gritando, tinindo, marcando presença nas batucadas.

Resistir ao som agudo e vibrante de um agogô, quem há de?

TAMBORIM

O tamborim é outro instrumento recente na história do samba. O seu invento é também atribuído à Alcebíades Barcelos, o bidê. Originariamente era feito de couro de gato esticado sobre uma armação de madeira e afinado no calor do fogo. Em geral todo tocador de tamborim levava no bolso um pedaço de jornal para enfrentar qualquer eventualidade, isto é, poderia fazer o seu foguinho a qualquer momento para dar ao instrumento o som desejado. Especialmente depois de uma chuva, como é comum nos dias de carnaval.

Com o tempo o tamborim foi se aprimorando. Surgiram as tarraxas ao redor da armação e com isso o jornal e o fogo foram dispensados. O náilon e já agora o acrílico tomaram o lugar do gato. Mas restam a mesma habilidade e a mesma destreza dos outros tempos. As baquetas, antes de madeira, agora são de bambu ou de goiabeira, e passam por sofisticados processos de envernizamento ou mergulho em infusões especiais. Não obstante o som esta ai, e os tocadores de tamborim se multiplicam. Existem verdadeiros concertistas, que conseguem os fraseados mais incríveis, e as sincopes mais inesperadas.


CHOCALHO

Não se pode dizer que não há um elemento de presença indígena entre os instrumentos básicos da bateria de uma escola de samba. Ai esta o chocalho, que não os deixa mentir. É bem verdade que ele é relacionado pelos etnólogos musicais entre os que foram trazidos da África, mas a forma do que estamos falando, e que também tem o nome de ganzá é um descendente do maracá ameríndio, no som e na forma. O cilíndrico é mais recente, uma adaptação do modelo original que era uma cabaça cheia de sementes e dentes de animais, tendo uma haste como empunhadura. O africano, conhecido como xequerê ou checherê, é um instrumento sagrado do camdomblé , pertencente a xangô. E também o adjá, usado nas chamadas dos orixás.

Por sua vez o reco-reco, também chamado caracaxá, esta presente no folclore de vários países. Podemos encontra-lo entre os índios do altiplano boliviano, na ilha de Marajó em Cuba, com o nome de guiro e até entre os instrumentos primitivos do jazz, onde era conhecido como washboard (tábua de lavar roupa friccionada por pedais).


RECO RECO

  • REPENIQUE

O tocador de repenique é antes de tudo um sério. O som produzido pela baqueta no couro se reproduz como uma saraivada de estalos. É preciso muito cuidado para interrompe-la no momento exato. Nem mais, nem menos. A concentração é tamanha que muitos carregam o instrumento no ombro, como se fora um violino, uma postura defensiva para ficar mais perto do som. Um erro é fatal, irremediável. Nas dobras e redobras de suas frases custas, o repenique é o fiel da balança de uma bateria.

  • TAROL

Olhando parece fácil, mas se há instrumento difícil para ser tocado é o tarol. Não é raro se ver durante o desfile ou mesmo num simples ensaio, o couro tinto de sangue da mão do tocador. Sua voz é importante, ele sustenta os breques e chama para a volta. Mais que amor é preciso muito sacrifico para sair numa bateria arrancando o som de um tarol. Então falta quem o faça.

  • PRATO DE LOUÇA E DE METAL

Nos famosos almoços dominicais nas casas das tias da Praça 11 e da Saúde, a sobremesa era a roda de samba que se formava e ia até altas horas da madrugada. Foi ali que surgiu um novo instrumento que logo incluiu-se entre os indispensáveis para marcar virtuoses apareceram, mas bastou um para consagra-lo, o Donga, que também exímio violonista com um ponteado de fazer inveja. O timbre agudo causado pela fricção da faca num prato de louça arrebatava todo mundo e ajudava o sapateado de quem ia para o centro da roda. Um som literalmente cortante.

Com o tempo o prato passou de louça a metal. Foi o Calixto, ritmista da escola de samba Império Serrano quem apresentou a novidade. Mas ele não se limita a tocar como nas bandas marciais. Os pratos nas suas mãos tomaram outra personalidade, viraram quase peça do malabarismo, ressoando no desfile o seu grito metálico.

  • CUÍCA

Outro instrumento que vem evoluindo com o tempo é a cuíca. O seu ancestral mais remoto é a puita, que chegou até nós através dos negros bantus.A puita já participava de danças folclóricas interioranas como o cururu e o Moçambique e tinha uma forma longa e cilíndrica o que dificultava a sua mobilidade. João da Mina, que fazia parte da escola Vê se Pode, hoje Unidos de São Carlos, foi quem inventou a cuíca na forma em que conhecemos. Numa barrica pequena, encourada numa das extremidades, ele conseguiu tirar o mesmo som da puita e tornou o instrumento perfeitamente portátil.

Hoje a cuíca não é mais de barrica, é de metal com tarraxas laterais que permitem a sua afinação. Mas o processo de tocar e o som continuam os mesmos.

















terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

BLOCO CARNAVALESCO "CADÊ MEU COPO ?"


Projeto que visa implementar no Municipio de Araruama a cultura carnavalesca, com o objetivo de levar a alegria ao povo desta cidade. Não tem contra indicação: Venha pro samba você também, eu garanto que voce vai gostar de sambar, com o Bloco Carnavesco Cadê Meu Copo.


COMUNIDADE DESTE PROJETO NO ORKUT: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18916831


CONTATOS:






(21) 9985-2969

(22) 9908-4313

(22) 2643-2164

(22) 2665-5777

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

A IMPORTÂNCIA DA CUÍCA

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Cuíca é um instrumento musical membranofone de fricção, espécie de tambor, com uma haste de madeira presa no centro da membrana de couro, pelo lado interno. O som é obtido friccionando a haste com um pedaço de tecido molhado e pressionando a parte externa da cuíca com dedo, produzindo um som de ronco característico. Quanto mais perto do centro da cuíca mais agudo será o som produzido.

A colocação da haste no interior da caixa é que a difere, fundamentalmente, dos tambores de fricção europeus e reforça a hipótese de ter sido introduzida no Brasil pelos negros banto. Seu uso é muito difundido na música popular brasileira. Por volta de 1930, passou a fazer parte das baterias das escolas de samba. Outras denominações para o instrumento: puíta, roncador e tambor-onça.
A cuíca é um instrumento cujas origens são menos conhecidas do que os outros instrumentos afro-brasileiros. Ela foi trazida ao Brasil por escravos africanos Banto, mas ligações podem ser traçadas a outras partes do nordeste africano, assim como à península Ibérica. A cuíca era também chamada de "rugido de leão" ou de "tambor de fricção". Em suas primeiras encarnações era usada por caçadores para atrair leões com os rugidos que o instrumento pode produzir. Existem muitos tamanhos de cuíca, e embora seja geralmente considerada um instrumento de percussão ela não é percutida. Encaixada na parte de baixo da pele está uma haste de bambu. O polegar, o indicador e o dedo médio seguram a haste no interior do instrumento com um pedaço de pano úmido, e os ritmos são articulados pelo deslizamento deste tecido ao longo do bambu. A outra mão segura a cuíca e com os dedos exerce uma pressão na pele. Quanto mais forte a haste for segurada e mais pressão for aplicada na pele mais altos serão os tons obtidos. Um toque mais leve e menos pressão irão produzir tons mais baixos. A extensão tonal da cuíca pode chegar a duas oitavas. Os tons produzidos tentam imitar a voz na forma de grunhidos, gemidos, soluços e guinchos, e podem estabelecer assim um ostinato rítmico. Depois de integrada no arsenal percussivo brasileiro, a cuíca foi tradicionalmente usada por escolas de samba no carnaval, mas atualmente é também encontrada no jazz contemporâneo e em estilos funk e latinos.

Momento de Alegria.

Momento de Alegria.
Meu amigo Budega.